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Mortes em tremor e tsunami passam de 10 mil no Japão

Duas semanas depois do devastador terremoto e tsunami que atingiram o Japão, a Polícia Nacional contabilizou 10.102 mortes confirmadas. Outras 17.053 pessoas ainda estão desaparecidas e mais de 240 mil ainda estão em 1.900 abrigos por todo o país.
O número final de vítimas ainda deve aumentar. As buscas por vítimas na província de Fukushima foram interrompidas diante da crise nuclear na usina de Fukushima Daiichi. Já em Myiagi, afirma a agência de notícias Kyodo, as autoridades estimam que muitos corpos devem ser recuperados do mar.

Nicolas Asfouri/AFP
Japoneses fazem fila por gasolina em posto de Yamada, na província de Iwate; mais de 17 mil ainda estão desaparecidos
Japoneses fazem fila por gasolina em posto de Yamada, na província de Iwate; mais de 17 mil ainda estão desaparecidos
A polícia de Myiagi divulgou em seu site informações sobre mais de 2.000 corpos recuperados, incluindo detalhes de tamanho e roupas, na esperança de identificá-los.
Em Iwate, Myiagi e Fukushima, as mais afetadas pelo tremor, foram realizadas autópsias em 9.890 corpos. Destes, cerca de 6.890 foram identificados e 6.320 foram devolvidos para suas famílias.
RETIRADA
O governo do Japão está oferecendo ainda transporte e assistência aos moradores da região entre 20 km e 30 km da usina de Fukushima Daiichi, danificada pelo terremoto e tsunami do último dia 11.
O porta-voz do Gabinete japonês, Yukio Edano, afirmou que a retirada é voluntária e leva em consideração as 'dificuldades' enfrentadas por estes moradores e não um risco à sua saúde pelo vazamento de radiação.
Segundo Yukio, os moradores enfrentam dificuldades em conseguir suprimentos no comércio local. Muitas empresas não estão repondo seus produtos no comércio local, por medo de enviar seus funcionários para a região.

Nicolas Asfouri/AFP
Casas e ruas ficam destruídas por terremoto e tsunami em Yamada; moradores devem deixar proximidades de Fukushima
Casas e ruas ficam destruídas por terremoto e tsunami em Yamada; moradores devem deixar proximidades de Fukushima
Ele ressaltou que esta não é uma retirada obrigatória, mas não descartou que a medida seja imposta caso os níveis de radiação subam a níveis perigosos.
O governo já havia retirado mais de cem mil pessoas da área de até 20 km da usina, cujos técnicos continuam enfrentando dificuldade em conter o vazamento de vapor radiativo com a falta de energia elétrica e os danos causados aos prédios dos reatores.
As autoridades pediram ainda que os moradores desta faixa entre 20 km e 30 km ficassem em casa me tomassem precauções adicionais contra a radiação.
"A distribuição de bens está estagnada e é difícil manter sua vida diária por um longo período de tempo", disse Yukio, acrescentando que o governo dará assistência logística para transporte e outras facilidades para quem quiser se mudar.
O governo pediu ainda que as cidades trabalhem coordenadamente para tornar a retirada imediata possível, caso seja decidido um esvaziamento emergencial da região.
A Comissão de Segurança Nuclear do Japão, um painel do governo, também recomendou a retirada voluntária dos moradores, já que o vazamento de material radioativo deve continuar por algum tempo.