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Reformas na Síria

Após dias de violenta repressão à onda de revoltas que tomou as ruas de Deraa, o governo sírio sinalizou com uma promessa de reformas no país, inclusive a de suspender o estado de emergência, em vigor desde 1963. Ativistas de direitos humanos responsabilizaram o regime por promover um banho de sangue na cidade, na quarta-feira. Dados oficiais apontam que pelo menos 37 pessoas foram mortas quando forças governamentais abriram fogo contra manifestantes, próximo à mesquita Al-Omari. Testemunhas garantem que o número é bem maior e passa de 100. Também ontem, cerca de 20 mil saíram às ruas para o funeral das vítimas do dia anterior, que acabou se transformando em uma marcha por liberdade, em meio a um forte aparato militar.

A promessa de reforma foi anunciada pela conselheira presidencial Buthaina Shaaban. Segundo ela, entre as mudanças, o governo cogita legalizar partidos políticos e adotar medidas para melhor o nível de vida da população. Um decreto foi assinado concedendo um aumento salarial imediato de até 30% para o funcionalismo. ´Os salários inferiores a US$ 200 terão um reajuste de 30% e os de US$ 200 ou mais, de 20%`, segundo decreto.

Militantes dos direitos humanos informaram ontem que a polícia teria matado pelo menos 100 pessoas durante a manifestação de quarta-feira em Deraa (sul). A matança foi condenada internacionalmente. Em um comunicado oficial, o governo da Espanha criticou ´o uso da violência, da intimidação e das prisões arbitrárias de cidadãos`. O texto faz um ´chamado para que se respeite o direito legítimo dos manifestantes pacíficas`. (R.T.)