
Alice Souza/Esp. DP/D.A Press
Estudantes da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) realizam esta manhã de um ato contra a homofobia. A manifestação, organizada pelo Diretório Acadêmico do curso de Direito, marca as comemorações do Dia Internacional de combate a Homofobia.
O ato acontece no hall do bloco G, onde uma bandeira gigante do Movimento Gay foi hasteada. Integrantes de organizações não governamentais, como a Leões do Norte, também participam da manifestação, que começou às 11h, com a leitura de relatos de casos de violência relacionados à homofobia em todo o país.
A Unicap divulgou uma nota oficial, esclarecendo que disponibilizou espaço e equipamento para o movimento Homofobia Não, ressaltando que respeita a diversidade de opiniões e que posições individuais não representam a posição da instituição. Ao final do documento, a universidade se coloca contrária à homofobia ou qualquer outra manifestação que possa ferir os direitos humanos.
Também esta manhã, a data foi lembrada durante o seminárioDecisão do STF: avanços e desafios para a cidadania LGBT sobre as mudanças provocadas pela aprovação da união civil de casais homossexuais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e as diferenças entre união civil e casamento.
O evento discutiu ainda o andamento no Congresso Nacional do Projeto de Lei 122/2006 que propõe a criminalização da homofobia e o papel dos movimentos sociais para a garantia da cidadania LGBT. O seminário acontece no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na rua do Imperador.
Promovido pela ONG Leões do Norte, o encontro conta com palestras de Rivânia Rodrigues (Gerente de Livre Orientação Sexual da prefeitura do Recife), Henrique Mariano (Presidente da OAB/PE), Rildo Veras (Assessor especial para assuntos LGBT do governo de Pernambuco), Daniel Coelho (Presidente da Frente Parlamentar LGBT da Assembleia Legislativa de Pernambuco), Jaime Asfora (Presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB) e Íris de Fátima (Coordenadora do Fórum LGBT de Pernambuco).
Data - No dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da classificação internacional de doenças. Até então, o comportamento homoafetivo era classificado como transtorno mental. A nova classificação entrou em vigor entre os países-membro das Nações Unidas em 1993 e tornou-se um marco na luta contra a homofobia.