O presidente venezuelano, Hugo Chávez, 56, que se restabelece de uma operação para a retirada de um câncer, presidiu nesta terça-feira a distância, a partir do palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, o desfile militar do bicentenário de independência da Venezuela.
A multidão pôde acompanhar o breve discurso de Chávez de uma tela gigante. Os militares aproveitaram para homenagear ao presidente. "Aqui estou, em recuperação, mas ainda recuperado-me. Iniciamos outra longa marcha", disse.
"Estou com vocês de corpo e alma. Graças a Deus, graças a minha vida, graças a meu povo por ter-me permitido, apesar das grandes dificuldades, estar aqui plenamente com vocês, como estou hoje, nesta festa de nossa pátria", afirmou Chávez.
"Caminhamos para, no dia 24 de junho de 2021, comemorarmos os 200 anos da consolidação da independência nacional. Para lá vamos, com a ajuda de Deus (...) Este não é só o retorno de Chávez, mas da independência plena", disse ainda o presidente.
O presidente venezuelano foi recebido, na véspera, por milhares de simpatizantes, diante do palácio de Miraflores. Ele já havia advertido, no entanto, que não poderia assistir pessoalmente ao desfilé militar de comemoração do bicentenário de independência da Venezuela, proclamado no dia 5 de julho de 1811 pelo Congresso.
Chávez foi submetido, no dia 20 de junho, em Cuba, a uma cirurgia para a retirada de um tumor canceroso na região pélvica. Mas a gravidade da doença e a natureza de seu tratamento não foram totalmente esclarecidos.
INDEPENDÊNCIA
No dia seguinte ao retorno de Cuba, onde se submeteu à cirurgia, o líder venezuelano saudou a "nova independência da Venezuela" em relação aos "interesses multinacionais, das potências estrangeiras, da burguesia venezuelana", explicou.
"Não temos melhor maneira de celebrar este dia esperado por tanto tempo do que sendo independentes, como somos novamente. Não somos mais uma colônia, de quem quer que seja, e não o seremos jamais", declarou ele, do palácio presidencial, a uma multidão aglomerada em outro ponto de Caracas, em torno de uma avenida aonde foi realizado um desfile militar com fausto.
"Após ter perdido esta independência que lhe custou tanto, a Venezuela, nos últimos anos, voltou a recuperá-la", declarou nesta terça-feira o chefe de Estado.
Chávez nacionalizou, desde que chegou ao poder, setores cruciais da economia, como o dos hidrocarbonetos, e colocou em prática numerosos programas sociais voltados para a saúde e a educação das camadas mais desfavorecidas da população, que afirmam ter encontrado, finalmente, "dignidade" na potência petrolífera que sofre com a desigualdade social.
Os ministros das Relações Exteriores de vários países da América Latina foram a Caracas para as celebrações, assim como os presidentes uruguaio, José Mujica; paraguaio, Fernando Lugo, e boliviano, Evo Morales.
Chávez convidou os cidadãos a festejarem, juntos, em 2021, o bicentenário da batalha de Carabobo, que marcou definitivamente a derrota das tropas espanholas e a independência efetiva da Venezuela, dez anos após sua proclamação.
O presidente é candidato à própria sucessão na eleição presidencial do final de 2012, e jamais escondeu que quer governar até 2021.
TWITTER
Mais cedo, Chávez já havia comemorado o Bicentenário da Independência do país pelo Twitter. Ontem (4), em discurso, o líder já havia antecipado que não participaria dos festejos nas ruas da capital.
"Oh, Venezuela, Feliz Aniversário, pátria querida! Ah, venezuelanos, venezuelanas, felicidades hoje e para sempre, irmãos meus!! Viva Venezuela!!!!", escreveu o presidente.
Na véspera, Chávez apareceu diante de milhares de simpatizantes que o aguardavam eufóricos no palácio Miraflores, em Caracas.
O chefe de Estado apareceu sorridente, vestido com uniforme militar e usando uma boina vermelha, levantando uma bandeira venezuelana diante de uma multidão agitada que entoou junto dele o hino nacional.
"Viva a Venezuela, viva a revolução bolivariana, viva o povo venezuelano. Viva a união da América Latina, viva Fidel, viva Cuba, viva a vida!", disse o chefe de Estado. "E viva Chávez!", completou.
A multidão pôde acompanhar o breve discurso de Chávez de uma tela gigante. Os militares aproveitaram para homenagear ao presidente. "Aqui estou, em recuperação, mas ainda recuperado-me. Iniciamos outra longa marcha", disse.
Leo Ramirez/France Presse | ||
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Soldados desfilam durante comemoração dos 200 anos da Venezuela; Chávez preside evento à distância |
"Caminhamos para, no dia 24 de junho de 2021, comemorarmos os 200 anos da consolidação da independência nacional. Para lá vamos, com a ajuda de Deus (...) Este não é só o retorno de Chávez, mas da independência plena", disse ainda o presidente.
O presidente venezuelano foi recebido, na véspera, por milhares de simpatizantes, diante do palácio de Miraflores. Ele já havia advertido, no entanto, que não poderia assistir pessoalmente ao desfilé militar de comemoração do bicentenário de independência da Venezuela, proclamado no dia 5 de julho de 1811 pelo Congresso.
Chávez foi submetido, no dia 20 de junho, em Cuba, a uma cirurgia para a retirada de um tumor canceroso na região pélvica. Mas a gravidade da doença e a natureza de seu tratamento não foram totalmente esclarecidos.
INDEPENDÊNCIA
No dia seguinte ao retorno de Cuba, onde se submeteu à cirurgia, o líder venezuelano saudou a "nova independência da Venezuela" em relação aos "interesses multinacionais, das potências estrangeiras, da burguesia venezuelana", explicou.
"Não temos melhor maneira de celebrar este dia esperado por tanto tempo do que sendo independentes, como somos novamente. Não somos mais uma colônia, de quem quer que seja, e não o seremos jamais", declarou ele, do palácio presidencial, a uma multidão aglomerada em outro ponto de Caracas, em torno de uma avenida aonde foi realizado um desfile militar com fausto.
"Após ter perdido esta independência que lhe custou tanto, a Venezuela, nos últimos anos, voltou a recuperá-la", declarou nesta terça-feira o chefe de Estado.
Leo Ramirez/France Presse | ||
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Presidente do Uruguai, José Mujica, presidente do Paraguai, Fernando Lugo, e presidente da Bolívia, Evo Morales |
Os ministros das Relações Exteriores de vários países da América Latina foram a Caracas para as celebrações, assim como os presidentes uruguaio, José Mujica; paraguaio, Fernando Lugo, e boliviano, Evo Morales.
Chávez convidou os cidadãos a festejarem, juntos, em 2021, o bicentenário da batalha de Carabobo, que marcou definitivamente a derrota das tropas espanholas e a independência efetiva da Venezuela, dez anos após sua proclamação.
O presidente é candidato à própria sucessão na eleição presidencial do final de 2012, e jamais escondeu que quer governar até 2021.
Mais cedo, Chávez já havia comemorado o Bicentenário da Independência do país pelo Twitter. Ontem (4), em discurso, o líder já havia antecipado que não participaria dos festejos nas ruas da capital.
"Oh, Venezuela, Feliz Aniversário, pátria querida! Ah, venezuelanos, venezuelanas, felicidades hoje e para sempre, irmãos meus!! Viva Venezuela!!!!", escreveu o presidente.
Na véspera, Chávez apareceu diante de milhares de simpatizantes que o aguardavam eufóricos no palácio Miraflores, em Caracas.
O chefe de Estado apareceu sorridente, vestido com uniforme militar e usando uma boina vermelha, levantando uma bandeira venezuelana diante de uma multidão agitada que entoou junto dele o hino nacional.
"Viva a Venezuela, viva a revolução bolivariana, viva o povo venezuelano. Viva a união da América Latina, viva Fidel, viva Cuba, viva a vida!", disse o chefe de Estado. "E viva Chávez!", completou.