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DIA DE CAOS NO HR


Uma fila de grande proporção tomou conta das dependências ambulatoriais do Hospital da Restauração (HR), no Derby, Recife, durante toda a manhã de ontem.
O motivo para o tamanho caos formado que deixou vários pacientes estressados pela lentidão no atendimento? Muita gente para marcar consultas com diversos especialistas e poucos funcionários à disposição. A fila, que começou logo cedo, seguiu até a rua Doutor José de Barros, localizada por trás da unidade hospitalar. No longo corredor formado, muitas eram as pessoas estressadas com o tumulto e revoltadas pela morosidade do atendimento. Em meio aos revoltosos que aguardavam o atendimento estavam idosos, deficientes e pacientes residentes de outros municípios, que viajaram desde o domingo para serem atendidos ontem.
Foi lá que a aposentada Rute Maria dos Santos, 60, reclamava da falta de organização no estabelecimento. Após viajar cerca de 80 quilômetros, num percurso de quase duas horas, Rute chegou à unidade as 5h30 e até as 8h esperava pelo atendimento. Saí de Sirinhaém às 2h de ontem para marcar uma consulta aqui. Essa é a segunda vez que venho aqui. Agora, vou esperar para ver se consigo marcar”, falou a aposentada, que aguardava marcação para o neurologista.
Com a mesma revolta e indignação estava á dona de casa Ana Maria da Silva, 42. Para ela, a frustração era pior. “Fui atendida na UPA de Lagoa Encantada. Lá, eles me encaminharam para os hospitais Osvaldo Cruz, Otávio de Freitas e Restauração. Fui aos dois primeiros e não aceitaram atender pacientes vindos de UPAs. Fui logo cedo à recepção daqui (HR) e eles disseram que só atendem as pessoas do próprio hospital. Estou aqui para fazer a última tentativa e é essa demora”.  Ainda no finalzinho da fila o estresse se estendia. Lá, vários idosos e deficientes reclamavam da falta de atenção do hospital com os prioritários. “Eu sou deficiente e fui lá dentro para marcar uma consulta para o neurologista e disseram que eu não tinha prioridade”, comentou o aposentado Marcos José da Silva, 40.
Segundo o gerente geral do HR, Miguel Arcanjo, o acontecimento, ao longo dos seus seis meses de gestão, é inusitado. “Não temos uma explicação plausível para essa situação. Nunca vi uma situação dessas desde que estou aqui. O que houve foi uma demanda excessiva do normal”, comentou. “Estamos tentando agilizar para que todo mundo tenham as consultas agendadas. Todos os pacientes que vieram ao hospital serão atendidos. Colocamos uma equipe para selecionar as prioridades na frente”, garantiu Miguel, descartando a possibilidade de pessoas oriundas de outras unidades não serem atendidas. Até o começo da manhã de ontem, mais de três mil pessoas, segundo informações passadas pela assessoria de Imprensa do HR, esperavam pelo atendimento. A assessoria de Imprensa do órgão informou ainda que o tumulto também se deu por conta de pacientes que vieram acompanhados.